O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, revelou em março deste ano que o governo planeja investir cerca de R$ 50 bilhões para impulsionar a produção de energia limpa e renovável no Nordeste, por meio da construção de novas linhas de transmissão destinadas a facilitar o escoamento da geração de energia solar e eólica. Sob a orientação do Plano Decenal de Expansão (PDE), estima-se que até 2031, cerca de R$ 119 bilhões serão investidos na ampliação da geração renovável centralizada. Aproximadamente 60% desse montante está destinado às fontes solar e eólica, que são os principais impulsionadores da expansão renovável no Brasil.

Atualmente, a produção de energia elétrica proveniente de fontes renováveis no Brasil já supera em três vezes a média mundial em termos de geração sustentável, conforme relatado pela Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena), colocando o país como terceiro colocado no ranking global. Atualmente, 83% da eletricidade gerada no país é proveniente de fontes alternativas, em comparação com os 27% observados globalmente.

No primeiro trimestre de 2023, o Brasil testemunhou a maior produção de energia limpa dos últimos 12 anos. De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), mais de 90% da energia gerada e consumida pela sociedade brasileira provém de fontes renováveis, como hidrelétricas, energia eólica, biomassa e solar, atingindo esse patamar pela primeira vez desde 2011.

Conforme levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), na última década, as grandes fazendas ou usinas solares alcançaram uma capacidade de 9 gigawatts, representando um investimento superior a R$ 46,2 bilhões. Esses empreendimentos não apenas geraram mais de 280,2 mil empregos, mas também contribuíram com aproximadamente R$ 13,8 bilhões em arrecadação de impostos para os cofres públicos.